Ser feliz dá muito trabalho por Neuza, de Saltei do Sofá

Não consigo conter a felicidade que sinto quando desafio mulheres que me inspiram a colaborarem neste blog e elas aceitam prontamente!

A sério, sinto-me profundamente grata e honrada por elas considerarem este espaço digno das suas partilhas.


Hoje, contamos com o contributo da corajosa Neuza, que está a fazer uma viagem pelo mundo.


-----------------

Antes de vir viajar vivia em Lisboa. Morava em Benfica e trabalhava em Santos.Duas zonas complicadas de ligar através de transportes públicos e que me faziam levar carro todos os dias para o trabalho. Quem conhece a zona de Santos, sabe que lá estacionar diariamente sem ter de vender um rim é uma tarefa complicada. No entanto, há (ou pelo menos no ano passado havia) uma zona estratégica para estacionar que se situa à volta de um barracão velho que está em frente ao Urban, junto ao rio. Esta área de estacionamento é bastante extensa e não tem qualquer parquímetro, no entanto a zona mais perto da estação de santos (por onde temos de atravessar para o outro lado da linha do comboio) tem sempre arrumadores de carros a “explorar” a área. Como eles dizem, é como ganham a vida. Mas na parte mais longe do estacionamento, não costumam estar arrumadores e por isso quem lá estacionar nunca vai ser impelido a gastar um cêntimo se quer. Free para o bolso e para a consciência.
E porque estou eu a falar de estacionamento e arrumadores de carros?


Pois bem, grande parte das pessoas que estaciona lá o carro prefere pagar ao arrumador todos os dias e deixar o seu carro o mais perto possível do seu local de trabalho, do que andar mais 100 metros e não gastar absolutamente nada.
É esta a nossa realidade. Somos verdadeiros comodistas. Preferimos pagar do que ter de andar mais uns metros ou termos de ter trabalho a fazer algo.
Podia ficar aqui a enumerar os vários benefícios de andar mais uns metros a pé para ir para o trabalho, mas nem é por aí que quero pegar na questão. Quero apenas extrapolar este exemplo de comodismo para a nossa vida em geral.


As pessoas não são felizes porque dá muito trabalho.


Encontrar a nossa felicidade obriga-nos a procurar dentro de nós, a questionar, a estar atento, a aprender, a ser resiliente e não desistir perante os obstáculos. É um processo duro e complexo e nunca acaba. Se queremos ser felizes a vida toda temos de ter consciência que vamos viver a vida toda num processo de auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal. Só assim estaremos em constante alinhamento com quem realmente somos e só assim nos sentiremos em plenitude e felizes. Pelo menos é nisto que eu acredito, é esta a minha visão da felicidade.


Só que tudo isto dá muito trabalho. É tão mais fácil continuarmos na nossa vidinha a queixarmo-nos de tudo e de todos, a encolhermos os ombros e deixarmo-nos estar.


Se sentes que não és feliz, pergunta-te porquê. Dá-te ao trabalho de pelo menos responderes a essa questão. Se o fizeres, vais ver que depois dessa questão virão muitas mais e quando te começares a questionar já não conseguirás não te dar ao trabalho de encontrares as respostas.
Dá-te ao trabalho de te questionares e estarás no caminho certo para encontrar a felicidade.



Breve bio
Sou a Neuza, tenho 31 anos e durante 2018 ando a viajar pelo mundo e a descobrir-me a mim mesma. A minha missão é inspirar e ajudar pessoas a evoluírem e por isso criei o Saltei do Sofá. Um projeto online onde partilho conteúdos escritos e em podcast sobre mudar de vida, sair da zona de conforto, viver alinhado com a própria essência e também sobre a minha viagem. O objetivo deste projeto é motivar as pessoas a saírem da sua zona de conforto e descobrirem a magia da vida.

Site | https://salteidosofa.pt/
Podcast | https://salteidosofa.pt/o-podcast/ 
Instagram | https://www.instagram.com/salteidosofa/

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já ninguém escreve blogs... será?

A chave para desbloquear temas desafiantes na tua vida

Será que as tuas verdades são mentiras?