Como te reconectares com a tua essência
A reconexão com a essência é o santo graal do auto-conhecimento. Quando nos aventuramos nesta descoberta connosco mesmas, o objectivo maior é estarmos profundamente alinhadas com aquilo que verdadeiramente somos, de forma a que nos possamos expressar e viver da forma mais genuína possível.
Ouve aqui o podcast do "Saltei do Sofá" sobre a minha experiência e dicas para te reconectares com a tua essência!
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O QUE É A ESSÊNCIA?
A essência é aquilo que verdadeiramente fomos, somos e seremos.
Para explicar de forma simples e didáctica, gosto de fazer analogia com uma cebola. Suponhamos que o núcleo da cebola é a essência. Esse núcleo existe, e tal facto é inquestionável e imutável. A envolver o núcleo da cebola temos camadas. Analogamente, as camadas correspondem às experiências, aprendizagens, crenças e traumas que vamos acumulando desde a nossa tenra infância. As camadas são reais, elas escondem o núcleo mas não afectam a sua existência.
Da mesma forma, as nossas camadas interferem no acesso à essência mas não colocam em causa aquilo que ela é. A essência é o que somos desde sempre, não é algo que se aprende, não é algo que se ensina, nem sequer um privilégio de alguns iluminados.
Por isso, a reconexão com a essência não é ir para um lugar novo, é voltar para casa.
O QUE É A RECONEXÃO COM A ESSÊNCIA?
Se a essência é algo inato e comum a todas nós, a reconexão com ela é como aprender a descascar camadas de uma cebola.
Fazê-lo é um exercício de persistência e paciência e, em boa verdade, que nunca termina. É um never ending process.
Enquanto processo de aprendizagem contínua, é importante perceber que ele não é uma linha reta e ascendente. É um desafio com avanças e recuos, que consegue ser, muitas vezes, doloroso.
Doloroso porque implica, inevitavelmente, lidarmos com o nosso lado sombra. No entanto, esse passo é essencial para que o possamos aceitar e integrar. Só assim nos podemos aceitar de forma inteira e a partir daí chegarmos ao que realmente somos.
E isso é muito importante de reter: não há forma de nos reconectarmos com a essência se não nos aceitarmos na totalidade.
E desengane-se quem pensa que a conexão com a essência nos conduz a um estado de permanente equilíbrio e paz. O mundo dual não o permite - vamos sempre oscilar entre o positivo o negativo. Vamos continuar a ter “dias maus”, fases de questionamento existencial em que nos apetece desistir de tudo ou em que as coisas perdem o sentido.
E porquê? Porque podemos descascar as camadas, e umas podem ir-se de vez, mas outras continuam a existir. Nunca seremos uma cebola sem camadas, apenas aprendemos o caminho para o centro, de forma a que possamos aceder a ele sempre que quisermos e precisarmos.
E ter esse caminho aberto traz consigo um sentimento de paz interior. Continuamos a ter emoções positivas e negativas, mas passamos a sentir também aquele lugar, onde o silêncio e a quietude são inabaláveis.
Reconectar com a essência, com quem realmente somos, torna possível viver em verdade connosco. E a partir daí conseguimos, independentemente das situações que aconteçam, silenciar o ruído externo e o ruído interno (a mente), para escutarmos o que realmente importa... o nosso coração.
Photo by Sage Friedman on Unsplash
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